Você acha que equilíbrio para o corpo é ter alimentação balanceada, prática de atividade física regular?
A proposta de equilíbrio que trago aqui é diferente dessa ideia que vem na mente de alimentação balanceada, atividade física regular, tudo sem exageros.
O nosso corpo possui uma inteligência que permite que ele se regule sozinho, sem que você, racionalmente, peça ou deseje que ele faça. Esse mecanismo de autorregulação também é chamado de mecanismo homeostático e os principais envolvidos no seu processo são o sistema nervoso e o endócrino. Eles trabalham constantemente, garantindo que os efeitos das mudanças externas afetem minimamente o organismo.
Em algumas situações nosso corpo precisa ser “radical” para conseguir manter o funcionamento interno e, assim, a barreira da homeostase é quebrada. Por exemplo, se você está sem agasalho em um lugar aberto e muito frio, o seu corpo provoca tremores musculares para produzir calor e aumentar a temperatura corporal. Quando você se aquece o seu corpo “desliga” essas reações e você volta para o estado de equilíbrio: homeostase. Um outro exemplo que provoca o rompimento do estado de equilíbrio é o estresse. E não existe nada de errado com isso, desde que possamos retornar o mais rápido possível para o estado homeostático. O “problema” é que não permitimos que nosso corpo retorne para esse estado de equilíbrio, causado pelo estresse com muita frequência. O dia-a-dia é corrido, cheio de compromissos e atividades. Parar para relaxar se tornou algo quase que utópico. É como se tivéssemos com um machucadinho na pele e constantemente arrancando casquinha e cutucando o machucado com fatores estressores, internos e externos, como boletos, assaltos, medos, horários, metas, auto-cobranças… Se deixarmos a ferida cicatrizar, ela vai cicatrizar.
A notícia boa é que podemos, voluntariamente, deixar o corpo entrar nesse estado de autorregulação. Conseguimos isso através de práticas como a coerência cardíaca, meditação e mudanças no estilo de vida. Tudo isso traz mais saúde e bem-estar.